Campeã do SP Open conta como conseguiu chegar ao primeiro título
Campeã da primeira edição do SP Open, a francesa Tiantsoa Rakotomanga Rajaonah lembrou na entrevista coletiva que esteve a um ponto de ser eliminada na primeira rodada do SP Open e o aprendizado que leva do torneio brasileiro.
“Uma partida pode mudar tudo. Até mesmo um único ponto pode mudar tudo. Esse é o tênis — você precisa continuar lutando sempre”, disse Rakotomanga Rajaonah.
“Estava muito nervosa! Eu não me sentia muito bem quando acordei, mas na verdade tinha dormido bem. Acho que sonhar com a partida me deixou ansiosa. Mas consegui controlar o nervosismo com a ajuda da minha equipe e foquei apenas em mim antes de entrar em quadra”, completou.
A francesa de 19 anos foi a primeira tenista de simples a erguer o troféu feito por Ara Vartanian, inspirado pelo Marco Zero de São Paulo.
Rakotomanga Rajaonah nasceu em Madagascar, mas contou que tinha duplas nacionalidade desde o nascimento, se mudou para a França aos 6 anos e também treinou em Valência, na Espanha. Esta é a primeira temporada dela jogando o circuito WTA depois de começar a jogar tênis com uma inspieração familiar.
“Comecei a jogar por causa da minha irmã mais velha. Meus pais a colocaram no tênis primeiro e, como irmã mais nova, eu só segui os passos dela. Mas acabei me apaixonando pelo esporte e a paixão só cresceu desde então”, contou.
Vice-campeã, a indonésia Janice Tjen não havia perdido nenhum set até a final do SP Open e analisou a semana que teve em São Paulo e os aprendizados que leva da passagem pelo Brasil, também destacando o nível de jogo da adversária na decisão.
“Acho que, no geral, foi uma semana muito boa para mim. Claro que é um pouco triste não ter conseguido a vitória hoje, mas ainda assim há muitas coisas positivas para levar dessa experiência. Quero aprender com o que aconteceu e seguir em frente”, disse Tjen.
“Não fiquei surpresa, porque há uma razão para ela estar na final. Ela estava perdendo por 5-1 no terceiro set da primeira rodada e conseguiu virar. Depois venceu boas adversárias até chegar aqui. Isso mostra que ela tem algo especial. Hoje, ela jogou muito bem e eu não consegui sair da pressão que ela me colocou. Vou tentar aprender com isso”, completou.
A atleta da Indonésia também disse querer voltar na próxima edição do WTA da maior cidade das Américas.
“Esse torneio é mais importante do qualquer outro que eu já joguei. Com certeza, me ajudou bastante a melhorar meu ranking e a chegar mais perto do Top 100, o que vai abrir portas para torneios maiores. Isso vai me ajudar muito. Eu realmente gostei de estar aqui. O torneio foi muito bem organizado e todos foram muito receptivos. Seria ótimo poder voltar no ano que vem”, concluiu.